OSTRA? COMO LIDAR COM ELAS?
"Eu e minha ostra é que sabemos, quanto amor temos para dar, dizia uma pérola."
Quando o amor é sincero, deve ser reconhecido; para a boa convivência, deve ter correspondência, deve-se ter observância desta ostra tão fechada.
Só abre em abraços quando sente no peito, o "tambolear" causado por esse fluído tão mimoso, essa luz que brilha, chamada amor.
Fora essa ora, mimetiza uma cara feia, que se abre como um sol, num sorriso. E sorri até com os olhos, diga-se de passagem!
É... tem disso essa pérola amada!
Quem não compreende acha que não é amado, que é pouco valorizado, mas esse gesto está numa rosa doada com carinho, num cheiro dado de surpresa nesse cangote fresquinho... ih! aí volta para a ostra.
Passa dias lá dentro, num ensimesmo tremendo, vez por outra vai à janela ver as modas, os apelos e se olhar no espelho do outro que passa... sem gracinha, carente.
Encosta a janela, mas, não bate e resolve abrir a casa para solarizar as parede... esse momento é de graça, puxa assunto, toma café, dá risadas.
Se ama, mergulha! aproveita que a casa está aberta e entra de mansinho, tão sutil quanto o vento, peça a Deus que seja como brisa! se não for assim pode ser bem invasivo.
Não se demore, tão logo os raios de sol saia, acompanhe, ela vai fechar a ostra!
Assim feito, ela, nua pérola amada, encontra-se consigo no mais absoluto silêncio e mergulha no vazio extraordinário...
Quer vê-la? Faço o mesmo!
descobertas pessoais são verdadeiras pérolas
Maria vai com as outras...
Ah! essa frase era um insulto! vinha cheia de substanciais dúvidas de: o que seria isso? como era ser assim? estava mesmo sendo?
Parecia ser o certo o que o outro achava certo. E parecia ser normal não saber se era ou não.
E quando alguém questionava: você concorda??? - a dúvida era enorme! Por que não? Mas, tudo dizia respeito a verdade que parecia só existir vinda de fora, de um mentor, de alguém que tivesse olhos para ver a verdade e mostrasse o caminho.
Foram anos andando em duas vias, a nossa e a de alguém. Alguém em quem nos entregamos a seus cuidados, só que os cuidados de fato eram nossos.
Em parte era lei de atração, em parte era alguém intercedendo por nós e por fim eramos nós, Sempre foi.
Algumas atitudes mudaram tudo! mudaram perspectivas, aprendizados, experiencias...
Algumas não foram boas escolhas e alteraram muito; foram dívidas e tinham que ser pagas.
Hoje, repassando, escaneando os fatos, sempre se tratou de evoluir.
Chegamos a conclusões... já que quando o passo foi guiado pela ansiedade de conseguir um objetivo, o uso do livre arbítrio foi também egocêntrico, sempre se tratou do ego.
Passamos por muitos e muitas experiencias em busca de algo Divino e maior que nós. Vimos o Divino pelos olhos de outros e ao final nos sentimos sem laços e é agora que somos parte do todo.
A Totalidade é como o nome diz e tem algo além, não é contra nada e nem contra ninguém, porque tudo que é parte do todo.
Tem sua razão de ser na justa, força e razão do poder infinito creador.
Tudo sendo dual, quando achamos que estamos vendo de fora, na verdade estamos vendo de dentro, estamos observando com atenção profunda e portanto no Ser.
O que nos tornamos depois de cada ciclo? é fascinante se descobrir, se conhecer de forma laboratorial.
Cada nano espaço de nossas vidas merece estudo pessoal, meticuloso, caprichoso e certamente tem uma razão de ser.
Sempre fomos nossos psicanalistas, sempre que sentamos no próprio divã, tivemos ganhos imensuráveis.
vamos continuar apreciando da viagem, a paisagem, a caminhada ou seja o caminho e suas fantásticas possibilidades.