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domingo, 29 de janeiro de 2017

PELA JANELA DOS OLHOS

Imagem da internet
Quando olhamos um bebê, não temos ideia, vaga que seja, do que se passa na cabecinha dele. Jean Piaget observou os próprios filhos para falar dos estágios  de desenvolvimento cognitivo, que criou esquemas de como é o processo de aprendizagem da criança e adolescente. Dando um mergulho em suas memórias mais profundas. A partir de quando um ser pode ter lembrança de algo em sua vida?Pois foi olhando uma foto que passei a analisar: Que dizer de você minha linda criança? Tão inocente, ingênua, confiante e bela, mas, com tantos reflexos de um tempo distante?

Imagem da internet
A primeira lembrança: - "Meu Deus! o que faço agora? Já tive nove filhos que me deram muito trabalho, agora que a menor está mocinha, vou começar tudo de novo? Velha, cansada e ainda doente? Mas, não podia deixá-lo sem um filho! Pelo menos este! Que Deus me ajude. - Essa pessoa chorava muito e sentia muita tristeza, arrependimento, sacrifício, tentava se conformar. E aí tudo parou.

O que vibrava naquele homem quando lhe viu superou  qualquer tristeza. Era uma sensação de bem querer, mais que bem querer! quando pegava você era bom! Mas ele sumia...! E ficava a mocinha e a outra que fazia umas coisas na casa. Mas você só queria ficar com a mocinha.

Sente e não sabe explicar o quanto o que vê é estranho aos seus olhos.

- Que gente é essa? Não  conheço ninguém! Será que não percebem que eu não sou daqui? Mas, afinal, o que estou fazendo aqui? E se não sou daqui, de onde eu sou?

Os reflexos começaram a aparecer na sua estranheza ao olhar para as roupas, prestar atenção nos cheiros, no gosto do alimento que lhe era dado. Nada era familiar.

E daí por diante, já que ninguém ouvia seus pensamentos, quando transbordava, o choro era o desabafo. Também não tinha alguém que lhe tirasse dali para levá-la para algum lugar que você se lembrasse, alguém que lhe respondesse seus questionamentos, o jeito foi aceitar, e aí foi aflorando a criatividade.

- Quem é essa que cuida de mim? Não consigo me lembrar dela, só sinto que não gosto do jeito dela. Gosto desse que me faz carinho e brinca comigo e  dessa outra que me dá  banho e põe essas coisinhas que voam quando ela me leva para ver a rua.

- Ele chegou!! Como gosto quando me pega e me leva para a rua, faz tudo que preciso, troca quando me molho, lava os paninhos e aquela lá mostra o paninho esticado... por que será que fica assim? - ô por que fica assim? - ela continua achando ruim que está esticado, tá duro... (o amor demais por você estava estragando tudo, seu pai queria fazer TUDO que tivesse a ver com você! mas, não sabia lavar roupa, deixava suas fraldas durinha de sabão!). É até engraçado, vendo de fora! kkkkk - Amanhã te conto mais tá?

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