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terça-feira, 14 de março de 2017

Amotinados, uns contra ou outros?Vamos refletir alguns "sensos comuns"?

Na era da comunicação; quando a globalização abrange realmente a todos, o senso comum se tornou: “sensos comuns”, como pequenos grupos amotinados, uns contra os outros.

Senso comum – que diabo é isso? - Bem, já ouviu falar em Bachelard? Nem eu sabia dele, mas, Gaston Bachelard além de filósofo e poeta, tinha foco em questões referentes à filosofia da ciência. Ele nasceu em Paris em 27 de junho de 1884 em Bar-sur-Aube, na França e morreu em 16 de outubro de 1962 em Paris, França. Foi bem influenciado pelo René Descartes, Edmund Husserl, Carl Jung entre outros.



Bachelard dizia que: (...) entre o conhecimento comum e o conhecimento científico a ruptura nos parece tão nítida que estes dois tipos de conhecimento não poderiam ter a mesma filosofia. O empirismo encontra aí a raiz, suas provas, seu desenvolvimento. Ao contrário, o conhecimento científico é solidário com o racionalismo e quer queira ou não, o racionalismo está ligado à ciência, o racionalismo reclama fins científicos. Pela atividade científica, o racionalismo conhece uma atividade dialetica que prescreve uma extensão constante de métodos.

Resumindo: o senso comum não tem comprovação científica, a partir do momento em que algum pesquisador, tira um tema do senso comum e o comprova cientificamente, ele deixa de ser senso comum e passa a ser conhecimento científico. Ficou claro? Significa também conhecimento adquirido pelo homem, a partir de experiências, vivências e observações do mundo.

Pois bem, voltando aos “grupos amotinados – sensos comuns” - é um universo de assuntos que são considerados senso comum para uns e não são para outros!

Muitos temas sobre a negritude, sobre rico, pobres, gordos, carecas, magros, políticos; temas sobre LGBT, enfim, são muitos! E hoje, sente-se muito mais, por conta da internet. Percebe-se muito claramente que esses grupos, muitas vezes, vivem uns contra os outros. Tramam, combinam e toda sorte de assuntos bons e ruins sobre os amotinados.

Quer uns exemplos? Os ditados, que minha família tem mania de parodiar dizendo “aquele velho deitado” :


Quem tem telhado de vidro não joga pedras no do vizinho!”

Esse até que é pedagógico, ele pede que aceitemos o vizinho como ele é e pede o reconhecimento de nossas próprias falhas. Que não julguemos o outro...


A palavra vale prata. O silêncio vale ouro!”

Não tem hora que esse ditado se inverte não? Talves aquele momento de dizer a verdade para defender alguém ou a si mesmo de um mal maior?



Nem tudo que reluz é ouro!”

Também pode ser considerado pedagógico. Faz com que não sejamos iludidos pelos véus de Maia! Faz com que não sejamos enganados pelas aparências; por pessoas e fatos.

Só percebemos o valor da água depois que a fonte seca!”

Nos estimula a prestar mais atenção no custo beneficio de coisas e bençãos que nosso observador interno deixou passar, porque nosso ego estava inflado, estávamos distraídos. E o que é um distraído? É um sujeito fadado a não perceber as coisas do seu dia a dia. Com isso, não cultiva a gratidão.


Imagem de Internet
Cão que ladra não morde!”

Isso tem mudado! Hoje em dia, temos que ter muita sabedoria sobre o ser que se diz humano! É uma afirmação muito radical, diante do enfraquecimento mental de muitos por aí!






Em terra de cego quem tem um olho é rei!”

Ah! esse eu gosto muito! Uso toda vez que alguém se destaca no autoconhecimento. Tenho alguns amigos que são iluminados, tem um coração maior que eles mesmos, compaixão pelos outros e alguns até fazem premunições, etc. Acho que para esses cabe. Cabe também usá-lo com ética e honra. Rsss


Barco parado, não faz viagem!”

Esse é bem legal! Esse é para não deixar o cabra tirar o pé do chão só depois que o capim morra, não é?


Cada cabeça sua sentença!”

Esse chama a atenção para o respeito a individualidade do outro, mas tem que ter compaixão para por esse em prática.


Imagem de internet
Cada maluco com a sua mania!”

Tem a ver com o outro, acima. E acho que seria as mesmas palavras.





Cada um por si e Deus por todos!”

Olha a seriedade deste! É a lei de Murici – cada qual cuida de sí! - Mas, eis um senso comum que não é positivo, no geral. Não falo por questões religiosas, mas humanas! Há momentos em que deixar cada um por sí é desumano, monstruoso! Taí um a se repensar! Apenas um dos.


imagem de internet
Cada um puxa a brasa para a sua sardinha!”

Como o anterior, passa, só pela a leitura da frase, à prática do egocentrismo. Vamos usar a etimologia?

  • ego: Para os teóricos do ego, abriga-se, sob a denominação de inconsciente, toda sorte de comportamentos e de motivações postos à margem do “controle racional do ego” (HARTMANN, 1969, p. 22). O inconsciente é descrito como desordenado, caótico, causa de comportamentos anti-sociais, figurando como fundamento dos comportamentos desajustados, posto que sede aos “impulsos instintuais irracionais” (HARTMANN, 1969, p. 49 apud www2.pucpr.br/reol/index.php/RF?dd1=1792&dd99=pdf A “PSICOLOGIA DO EGO” E A PSICANÁLISE FREUDIANA: das diferenças teóricas fundamentais – BARATTO, Geselda e AGUIAR, Fernando)

  • Centr=Centro - do vocábulo latino cultus, diz respeito às faculdades intelectuais do homem e ao cultivo do espírito humano - Leia mais: Conceito de centro cultural - O que é, Definição e Significado http://conceito.de/centro-cultural#ixzz4bKfwvYcv – veja onde está o “espírito” deste tema…

  • Ismo - o sufixo -ismo, do Latim -ISMUS, do Grego -ISMÓS, formador de nomes de ação de certos verbos e exprime a ideia de fenômeno linguístico, sistema político, religião, doença, esporte, ideologia etc.

Reflete-se sobre esse senso comum, todos os atos políticos, hoje praticados, ferindo o direito do cidadão, o jeitinho brasileiro… em suma; a falta de ética.


Quem com ferro fere, com ferro será ferido!”

Esse, tem a cara da lei do retorno! Chama nossa atenção para o fato de refletir antes de fazer algo não tão positivo, com algum ser.

E por aí vai! Se for continuar falando desse assunto, sairá um livro, mas um livro um tantinho chato!

Mas o que você quer dizer sobre tudo isso?

Muitos, por toda a dialética” – (do grego dialektiké e significa a arte do diálogo, a arte de debater, de persuadir ou raciocinar), dos “sensos comuns – se acham no direito e até no dever de tomar alguma posição que seja contraria ao outro grupo, usando até de violência para demonstrar seu posicionamento.

Daí, do desrespeito e falta de aceitação do outro, gera uma violência desmedida contra esse, aquele e aquele outro.

Eu quero viver em paz, ter saúde, ter sossego que são as jóias mais preciosas e caras da atualidade.

Eu quero viver na mais altas das possibilidades, isto inclui o desejo de uma autoeducação.

Certa vez, penso que choquei um grupo de amigas com a frase: reinicialização do ser humano, me referindo a esse tipo de educação. Como elas não tinham costume de conversar comigo e. eu sou lenta para me expressar, elas quase gaguejaram, umas até disseram, “não! Não é reinicialização do ser humano! Você usou um termo...”

imagens da internet

Todo bebezinho nasce, além de frágil, dependente de alguém que cuide; nasce puro e bom, sem maldade, sem noção de tempo, espaço, sem ideias suas e nem de nenhum meio. Vão crescendo, e com seus cérebros ainda em formação, que é o centro de comando, vão absorvendo do meio, toda sorte de hábitos, de costumes… vai sendo aculturado pelo seu ambiente e pessoas que o cercam. Então, a recuperação dessa pureza, sem ingenuidade, desse amor dessa criança, que chega a ser universal é apreendido, captado, recuperado e aprendido, através da autoeducação (grifo nosso) como diz Magda Soares.

Reinicialização é um termo usado nessa era moderna, na área da informática, dos eletrônicos que estão em nossas mãos, tablets, pcs, notebooks, iphones, smartphones, etc. Geralmente usa-se para verificar se algo que estava funcionando mal, voltou ao normal do funcionamento daquele aparelho. Reflita. Sinta qual a semelhança deste parágrafo com o anterior.

Estou num momento quase shakespeariano! “ser ou não ser” - Hamlet.

Agora chega cuis qui a vida num é só filosofá não sô! Um beijão procês!








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